terça-feira, 2 de novembro de 2010

Por momentos, aqueles anos em que riscava, com traços grosseiros de giz, sete quadrados, um tanto ou quanto desproporcionais uns aos outros no chão, irrompem a minha mente.
Em dias de chuva, é como se inevitável fosse, recordo o solo do páteo da escola primária, todo lamaçento, em que faziamos uma covinha e jogavamos ao berlinde. O S. Martinho invadia os nossos minutos todos, saltar a fogueira e queimar as roupas, comer as castanhas, beber o sumo. Era doida por aquelas castanhas, acabadinhas de sair da fogueira.
Chegado o Verão, o calor, lembro que para nós era tentador subir aos locais mais perigosos, sem nunca concluir que podiamos cair dali. Brincar às escondidinhas e à apanhada.
Não esqueço o quão frágil era, o facto da Sra. Palmira ( única funcionária ) ter de me sentar no seu colo e dar-me a comer o lanche que a minha mãe me mandava para a escola, porque a vontade de brincar era maior e esquecia tudo o resto.
Os pequenos, grandes amigos que fiz, uns que nunca mais vi, outros que permanecem. Tudo o que aprendi.
De repente, aparece tudo à minha frente de novo e sorrio, fui tão feliz naquela escola. Agora, vendo tudo aquilo transformado num rancho, quis visitar, vi tudo de outra forma, com outro uso, ficou perfeito, encantador.